A Coreia do Norte, criticada pelo Conselho de Segurança pelo ensaio nuclear de segunda-feira, advertiu hoje que eventuais sanções da ONU terão como resposta medidas de "legítima defesa", noticiou a agência oficial norte-coreana KCNA.
"Se o Conselho de Segurança (CS) da ONU nos provocar, novas medidas de legítima defesa serão inevitáveis", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, num comunicado citado pela agência KCNA.
A Coreia do Norte anunciou ter realizado segunda-feira um ensaio nuclear, o segundo desde 2006, e lançado cinco mísseis de curto alcance e ameaçou atacar a Coreia do Sul depois da decisão de Seul de integrar a iniciativa de segurança contra a proliferação (PSI).
A PSI, lançada pelos EUA em 2003, prevê a realização de exercícios militares conjuntos e autoriza a abordagem em alto mar de navios suspeitos de transportarem material nuclear ou outras armas de destruição maciça.
Os sete países encarregados do processo norte-coreano na ONU - os cinco membros permanentes do CS (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) mais o Japão e a Coreia do Sul - decidiram quinta-feira prosseguir as negociações para uma futura resolução do CS com sanções contra o regime norte-coreano.
"Qualquer acto hostil do CS da ONU equivalerá a uma ruptura do armistício", acrescentou o ministério norte-coreano, referindo-se ao armistício de 1953 que pôs fim à guerra da Coreia (1950-53).
"O mundo verá em breve como o nosso exército e o nosso povo se erguem contra a opressão e o despotismo do conselho de segurança e fazem respeitar a sua dignidade e a sua independência", acrescenta o ministério, citado pela KCNA.
MDR.
Lusa
Diário de Notícias
sexta-feira, 29 de maio de 2009
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